Gone with the Wind (...E o Vento Levou) é um romance da escritora e jornalista norte-americana Margaret Mitchell. Lançada originalmente a 30 de junho de 1936, a obra recebeu os prêmios National Book Award e Pulitzer no ano seguinte.
Sua história, ambientada no Sul dos Estados Unidos,
retrata a vida de Scarlett O'Hara, filha mimada de um bem-sucedido dono
de plantação algodoeira, que deve usar todos os meios à sua disposição
para sobreviver durante a Guerra Civil Americana e, posteriormente, ao período da Reconstrução.
Mitchell começou a escrever o livro em 1926 para passar o tempo,
enquanto se recuperava de alguns problemas de saúde. O processo de
escrita levou mais de dez anos, e em 1935 a Editora Macmillan adquiriu
os direitos de publicação do volume. Ele entrou rapidamente para as listas de mais vendidos e, posteriormente, teve seus direitos de filmagem comprados pelo produtor David O. Selznick. Lançado em 1939, o longa-metragem homônimo, estrelado por Vivien Leigh e Clark Gable, foi um sucesso de público e de crítica.
Curiosamente, trata-se do único romance publicado em vida por Mitchell; entretanto, Gone with the Wind possui duas sequências oficias, bem como algumas paródias e continuações ilegais. Ao longo dos anos, ele também tem sido analisado por seu simbolismo e tratamento de arquétipos, sendo considerado um livro muito popular nos Estados Unidos. Em 2005, a revista TIME o incluiu em sua lista dos cem maiores livros publicados originalmente em inglês de 1923 até a referida data.
O Enredo
Durante a Guerra de Secessão,
a voluntariosa e independente Scarlett O'Hara sofre pelo amor não
correspondido que nutre por Ashley Wilkes, enquanto assite à devastação
de sua família e de sua amada fazenda Tara. Desiludida e disposta a tudo
para reerguer suas terras, a jovem então envolve-se com o charmoso e
cínico Rhett Butler.
Sequências
Ao longo de sua vida, Mitchell resistira ferozmente a qualquer ideia de continuação para seu livro. No entanto, em 1991, a escritora estadunidense Alexandra Ripley publicou uma continuação autorizada pelos herdeiros de Mitchell para Gone with the Wind, um romance intitulado Scarlett.
O livro foi amplamente criticado, principalmente pela descaracterização
das personagens, no entanto, vendeu milhões de exemplares.
Em 2000, a escritora norte-americana Pat Conroy havia sido escolhida
pelos herdeiros de Mitchell para escrever uma nova continuação de Gone with the Wind.
Porém, depois de muitos meses de negociações - sobre o conteúdo,
dinheiro e controle editorial - Conroy se afastou do projeto e dos
relatados 4,5 milhões dólares de salário.
No ano de 2001, uma paródia não autorizada da obra, chamada The Wind Done Gone
e escrita por Alice Randall, foi lançada. O livro reconta a história
original, desta vez do ponto de vista dos escravos. Os detentores dos
direitos de Gone with the Wind tiveram uma visão sombria do romance de Randall, processando sua editora por violação de direitos autorais.
A segunda sequência oficial foi publicada em 2007. Trata-se do livro Rhett Butler's People, contado à partir da perspectiva de Rhett Butler. Escrito por Donald McCaig, o livro desconsidera a versão de Ripley e
cria uma nova cronologia. O romance foi autorizado pelos herdeiros do
espólio de Margaret Mitchell; eles haviam sondado vários escritores para
continuar a história, e a procura pelo autor ideal começou em 1995. O romace foi considerado pela crítica fiel ao estilo do original, porém não tão bom quanto o clássico de Mitchell.
A autora
Filha do advogado Eugene Muse Mitchell, diretor da Sociedade de História de Atlanta, e de Mary Isabelle "Maybelle" Stephens, uma sufragista, Margaret cresceu ouvindo histórias sobre a Guerra de Secessão contadas por seus parentes e por veteranos confederados.
Obcecada por escrever, conta-se que ainda em criança costumava
levantar-se no meio da noite para registrar idéias para histórias e
peças teatrais. Todavia, Margaret nunca foi exatamente uma aluna
brilhante.
No outono de 1918, ela ingressou no Smith College, de Northampton, Massachusetts, pouco antes da entrada dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial. Durante o conflito, seu noivo, o tenente Clifford Henry, foi morto em combate na França e em Janeiro de 1919, Maybelle Stephens faleceu durante a epidemia de Gripe Espanhola.
Este último acontecimento obrigou Margaret a abandonar os estudos e
voltar para casa, mas ela não possuía temperamento para dedicar-se
apenas a cuidar do pai e do irmão mais velho. Logo, seu comportamento de
melindrosa e seu trabalho em projetos sociais junto a população
negra de Atlanta, começaram a escandalizar a sociedade conservadora da
cidade.
Andressa Pontes